Os apelidos
dos tipos

Por que damos nomes aos tipos? Por que 3 nomes e por que esses?

Apelidos em tipologia

Os apelidos em tipologia trabalham para o bem e para o mal. Eles andam na linha tênue entre arquétipo e estereótipo. Por um lado, se forem capazes de captar a essência de um tipo, podem gerar grande aprendizado inclusive não-verbal sobre o que é o tipo e como pode manifestar de formas diferentes (arquétipo). Por outro lado, o uso dos apelidos sem a leitura do tipo em si é capaz de gerar impressões simplistas e exageradas (estereótipo). Nesse caso, ele ainda pode gerar fetichismo identitário: é mais divertido se identificar com tipos com nomes grandiosos, interessantes ou bonitos, e isso deve ser evitado porque é contrário ao crescimento individual que deve se afastar do orgulho (e da vergonha) do tipo, caminhando para o autoconhecimento genuíno. Se o nome for mal-feito, ainda, todo esse fenômeno piora, pois o próprio entendimento do tipo fica distorcido.

Por esses motivos, o DdC optou por dar três nomes a cada tipo, e não apenas um. Com isso, ao mesmo tempo em que busca captar a essência do tipo, tenta garantir que outras facetas que não tenham sido abordadas pelo primeiro nome sejam contempladas, além de tirar todo o peso de um só nome carregar a sina de um tipo ser admirado ou desmerecido. Reitera-se, claro, que nenhum apelido deve ser fetichizado ou diminuído. Eles apenas tentam reproduzir a ideia geral do tipo, mas não existe, em absoluto, tipo pior ou melhor. Sociedades e grupos específicos podem valorizar mais ou menos certos comportamentos e formas de pensar, e geralmente tentar classificar os tipos em melhores ou piores passa pela mera reprodução dessas expectativas sociais. A lição da tipologia se baseia justamente na busca por equilíbrio que integre todas as funções e qualidades dos diferentes processos cognitivos dos tipos. De forma semelhante, uma sociedade ideal se inclinaria na direção de valorizar métodos, abordagens e comportamentos diferentes.

Separaram-se os três nomes em grupos aproximados. Um nome traz o campo de papéis sociais, funções e profissões e se relaciona com ocupações concretas que se observam no dia-a-dia social. Embora nem todos os nomes sejam profissões stricto sensu, eles se relacionam a essa ideia de funções sociais. Não é preciso dizer, mas é importante, que as profissões têm graus muito variados de valorização na sociedade, e isso deve ser abstraído ao máximo. Também deve-se deixar claro que uma profissão associada ao tipo não quer dizer que seus profissionais sejam daquele tipo. Também não deve ser usada para vínculo identitário ou qualquer tipo de teste vocacional. As funções indicadas aqui são metáforas do funcionamento de cada tipo.

O segundo grupo traz arquétipos, mitos e animais que teriam algum significado simbólico na sociedade e estão fortemente associados a um tipo. Alguns desses nomes são diretamente tirados dos principais arquétipos encontrados por Jung em seus trabalhos. Outros são interpretações livres do DdC a partir de mitos conhecidos, e alguns se baseiam nos animais muito comuns no imaginário da sociedade ocidental para trazer a associação ao campo simbólico. Deve-se ressaltar que as palavras aqui, por serem simbólicas, não devem ser levadas ao pé-da-letra, e que o leitor pode se identificar com mais de um arquétipo junguiano sem que isso haja relação direta com o tipo a que associamos. Também, obviamente, não se deve usar gosto ou desgosto pessoais por certos animais para validação ou invalidação tipológica.

O terceiro grupo traz palavras, principalmente adjetivos, sem grande relação com outras representações que não sejam qualidades. O uso de substantivos é pontual e também remete a uma qualidade abstrata que resume uma das principais características positivas do tipo. Espera-se que essa palavra seja a que menos cause reações positivas ou negativas, por tenderem a ser mais descritivas. As considerações feitas anteriormente, no entanto, também se aplicam aqui.

Os Primeiros Apelidos: profissões e papéis sociais

– ExxPs –

ESTP – O Malandro: a ideia do Malandro, e, consequentemente, boa parte do imaginário do brasileiro, dialoga intensamente com as funções do ESTP. É importante ressaltar, claro, que, ainda que o Malandro tenha conotação negativa em algumas situações e para algumas pessoas, a intenção aqui é representar um papel social brasileiro sem julgamentos morais. O Malandro é um aproveitador de oportunidades e situações. Sabe usar carisma, habilidade e criatividade para entrar e sair quando a situação dificulta. Aprofunda conhecimentos em diferentes habilidades, como a música e o samba, que também causam algum apelo social, independente de grandes normas morais ou leis. Tudo isso é uma boa metáfora para Se-dominante, Ti-auxiliar e Fe-terciário. Também no Fe-terciário podemos ver uma constante atitude provocativa das autoridades, ou mesmo das moças e interesses românticos, bem como dos inimigos, usada em nome do aproveitamento de oportunidades (Se).

ESFP – O Pugilista: esse papel foi escolhido para honrar um lado pouco referenciado dos Se-dominantes (ESxP): a combatividade, a ideia de pegar o que quer de forma direta. Além disso, algo bem mais estereotípico associado ao ESFP é a habilidade corporal direcionada para os esportes. Embora muitos ESFP sejam o oposto disso e detestem esportes, essa é uma boa metáfora para o uso da corporalidade da Se-dominante. O pugilista tem garra para conseguir o que quer, segue um caminho bastante pessoal mesmo quando quer atenção (Se-Fi) e sabe usar e seguir regras a seu favor quando necessário (Te-terciário). Além disso, o nome é uma homenagem a um dos maiores pugilistas da história e engajado no movimento negro, Muhammad Ali, que era ESFP.

ENTP – O Ilusionista: o papel do ilusionista é mexer com a mente dos espectadores em nome do entretenimento. Nada do que o ilusionista faz é real, e o que ele cria transcende o concreto. É papel do Ilusionista criar ideias e situações cada vez mais mirabolantes e ele se deleita nisso, o que serve como metáfora para a Ne-dominante. Articulando um bom conhecimento do funcionamento das coisas (e mesmo da transgressão desse funcionamento) (Ti-auxiliar) com um carisma provocativo em direção ao público (Fe-terciário), o Ilusionista distorce a realidade e o entendimento que o público tem dela. Mais que habilidades concretas ou intelectuais, cabe ao Ilusionista usar engenhocas mentais para seduzir (e até mesmo dobrar) seu público.

ENFP – O Revolucionário: este nome é usado aqui como metáfora para as funções do ENFP, mesmo que existam revolucionários e progressistas num geral de todos os tipos. Isso se dá, então, não por uma vocação intrínseca do ENFP à revolução ou a certas ideias políticas, mas porque a função social do Revolucionário pode ser lida por Ne, Fi e Te, principalmente. A proposta de transgressão de ideias e adoção de novas tangentes de pensamento a todo instante da Ne-dominante se reúne com uma certeza de valores próprios que independem do meio à sua volta do Fi-auxiliar, e uma vontade meio pueril, mas constante, de usar e remodelar as estruturas atuais (Te-terciário) em nome da transgressão de ideias da função dominante. Reitera-se, no entanto, que é apenas uma metáfora.

– ExxJs –

ESFJ – O Professor: o Professor a que esse apelido se refere é aquele profundamente preocupado com o crescimento e o acompanhamento de cada aluno, pois cada um ganha a importância de um mundo para ele. Para o Professor, a transmissão do conhecimento não é a totalidade. O Professor é um guia, que se dedica ao crescimento também moral e relacional dos alunos. Ele os acompanha no dia-a-dia e pode funcionar como um ícone de estabilidade e respeito, mas também pode, em nome dos alunos, incorrer em transgressões se lhes for se abrir para novas possibilidades (Si-auxiliar e Ne-terciária). Como metáfora para o ESFJ, a docência é algo intimamente relacional, mesmo que haja distância adequada entre professores e alunos. O Professor deve, ao mesmo tempo, se adaptar ao que é adequado para cada aluno e para a expectativa valorativa na sala de aula, mas também influenciar nela como guia moral (Fe-dominante).

ENFJ – O Etnólogo: o Etnólogo compreende os outros pelo que eles são e entende o papel do outro como também central, afinal, “no universo da cultura, o centro está em toda a parte”. O Etnólogo parte do objeto para compreender o próprio objeto, em seus termos, valores e relações (Fe-dominante). Ele pode criar relações, e pode inclusive tentar ver como o Outro e traduzir sua visão. Em última instância, o Etnólogo, ao etnografar, analisa fundamentalmente o homem e seus símbolos. Entende os significados atribuídos aos saberes e crenças que compõem uma cultura e, mesmo podendo extrair interpretações gerais e reflexões de caráter teórico pretensamente universalizante (Ni-auxiliar), sabe que o método etnográfico tem como centro o objeto estudado. O Etnólogo deve se desfazer de seus preconceitos prévios e entender por completo o sistema de valores das pessoas estudadas, para de fato dialogar com elas. Observa os fatos sociais sem julgamento, ou até mesmo participa deles pela própria experiência (Se-terciária), para depois formular algo abstrato que acompanhe seu projeto.

ESTJ – O Diretor: também podendo ser lido como o Dirigente, o Diretor é um cargo de respeito e competência independentemente de onde esteja localizado. Seja no setor privado ou público, num partido político ou organização revolucionária, a função do Diretor cabe como metáfora para o ESTJ por estar encarregada de impessoalidade, justiça e eficiência. Idealmente, o Diretor se encarrega tanto do cumprimento de métodos como da escolha deles em nome de melhores resultados para a instituição/estrutura em que se encontra, de forma imparcial e lógica (Te-dominante). Traçar metas é ver o grupo em que se encontra crescer por mérito e capacidade e, mesmo quando lida com pessoas, o foco do Diretor é para além delas: é para ganhos bastante concretos e observáveis (Te+Si). Também cabe ao Diretor, para melhorar o crescimento (inclusive intelectual), o uso e teste de novas ideias promissoras que tragam bons resultados (Ne-terciária) e a aplicação criativa de tudo isso para ganhos concretos.

ENTJ – O Político: o Político é o responsável pela aplicação prática de uma ideologia e por sua estruturação em ferramentas lógicas e estruturas (sociais) que visem à completude dessa ideologia. Como metáfora, o Político é, portanto, essencialmente alguém que parte de grandes visões e ideologias (Ni-auxiliar), gera uma perspectiva sobre a aplicação dessas visões e se engaja com estruturas (leis, doutrinas e o funcionamento do Estado) em nome desses ideais (Te-dominante), quer eles tragam ganhos práticos ou não, pois isso é secundário, mesmo que importante. Reforçando-se o caráter metafórico, há mais um paralelo que pode ser feito neste apelido. A política é para todos e ser político é para todos. Não existe nada nem ninguém que possa dizer o contrário e as sociedades justamente se beneficiam da influência de diferentes visões de mundo e arquétipos na construção da política. Dito isso, a descrição do político em “A Política como Vocação”, de Max Weber, coloca-o arquetipicamente aproximado das funções do ENTJ. Por causa disso, essa é mais uma referência metafórica ao apelido.

– IxxJs –

ISTJ – O Cientista: a ciência e o método científico remetem a duas palavras: Sensação (S) e Pensamento (T). Ainda mais, o método científico requer rigor, factualidade, detalhismo e um sistema de conhecimento reconhecido por todos os participantes como universal. O método científico, a verificabilidade (e falseabilidade), a estatística e outras metodologias quantitativas todas fortalecem uma ideia de dedicação a uma área de conhecimento e diálogo com outros cientistas inscritos nela. Nesse sentido, tudo isso funciona como metáfora para as funções do ISTJ: Si (na dedicação, na factualidade, no detalhismo, no metodismo) e Te (na impessoalidade, na imparcialidade, no diálogo impessoal com outras pessoas na mesma linguagem de conhecimento). O ISTJ tanto costuma ser um tipo altamente intelectual que muitos cientistas e pesquisadores são desse tipo.

ISFJ – O Médico: todo o ato da medicina e o papel esperado de um médico na sociedade servem como excelentes metáforas para as funções do ISFJ. O próprio Juramento Hipocrático também oferece base para tal metáfora. É dever do médico cuidar seguindo uma ética universal de trazer benefício ao ser-humano. Para isso, a medicina requer um grau quase religioso de dedicação, precisão e compreensão meticulosa de sistemas, causas e efeitos, além da compreensão dos fatos e interpretação a partir do que faz sentido para criação de um diagnóstico. Todas essas características são metáforas para Si-dominante e Ti-terciário, que alimentam a meticulosidade e o caráter técnico. No entanto, o papel social do médico é maior que isso. Ele passa pela ideia de cuidado, pelo cumprimento da ética que lhe foi passada pelo juramento e pela grande preocupação com o bem-estar de todos, independente da pessoa ou de sua condição. O fim último da medicina e do médico de fazer o bem sem olhar a quem, por devoção completa a uma função (ou aos deuses, no caso do Juramento) é a epítome da metáfora de Si-dominante com Fe-auxiliar.

INTJ – O Filósofo: o campo da filosofia, extremamente amplo, é aberto para interesse de todos os tipos e funções. Além disso, diferentes áreas e escolas da filosofia podem ser lidas como metáforas para diferentes tipos. O INTJ foi escolhido como o Filósofo, nesse contexto, exatamente pelo caráter reflexivo universalista da Ni-dominante, que já criou vários filósofos não apenas comprometidos com uma área específica, mas com construir todo um novo paradigma universal, abrangente e megalomaníaco de visão filosófica. Como INTJ, citam-se Hegel, Marx e Nietzsche. Hegel se propôs, ao elaborar a dialética, criar uma nova grande perspectiva do movimento da história e do “espírito do tempo”. Da mesma forma, Marx não tentou falar de várias áreas, mas fazer uma grande visão única que explicasse todas elas, o que acabou influenciando a filosofia, a economia, a sociologia e a ciência política. Nietzsche, também, via a si mesmo como “dinamite” para destruir e reformular todos os preceitos filosóficos. Em homenagem a esses três e outros, e pela metáfora de grandes correntes filosóficas explicadoras de tudo como Ni+Te, o INTJ foi chamado de “O Filósofo”.

INFJ – O Conselheiro: a função do Conselheiro não precisa ser diplomática, pacífica ou violenta, mas precisa saber necessariamente dialogar com o aconselhado. Ela parte de posturas pessoais, reflexões e sabedorias do próprio Conselheiro sem se pretender ser decisiva (a decisão se deixa ao aconselhado, também). O Conselheiro tem a permissão de ser um fanático em suas ideias ou um comentarista moderado. Tudo o que o guia é o mar de suas reflexões, exemplificadas aqui com a Ni-dominante. O Conselheiro pode ou não ter em mente os impactos que seus conselhos terão, mas costuma operar por uma lógica mais linearizada de causa e efeito. O Conselheiro tem como função apenas saber dialogar essas reflexões e visões para quem toma a ação. Ele se adapta, em parte, ao que o aconselhado quer ouvir e a seus valores, e aqui funciona a metáfora do Fe-auxiliar. Mesmo assim, o Conselheiro precisa de certo grau de independência de pensamento e nunca dialoga por completo com o aconselhado. Ele precisa dar solidez e independência às suas próprias reflexões primeiro (Ti-terciário).

– IxxPs –

ISFP – O Músico: a associação entre os ISFP e a arte não é nova. Embora muitos ISFP não sejam artistas e muitos artistas não sejam ISFP, a correlação prática também é inegável. É na arte que muitos encontram sua possibilidade de autoexpressão e junção de estética, factualidade e conceito. Dar ao ISFP “O Músico” é uma tentativa de especificar mais essa metáfora e dar mais corpo à ideia do ISFP. Há um grande peso da imagem do Músico na sociedade atual, já que a música é uma das manifestações artísticas mais populares atualmente. O Músico é construído como alguém que se expressa individualmente, que vive sua vida independente, que frui dela e que canaliza seus sentimentos em produções artísticas que nos comovem e nos movem em dança. Tudo isso capta, metaforicamente, a essência do ISFP: a necessidade de autoexpressão individual (até mesmo com um pouco de rebeldia em nome da originalidade), o charme pessoal, o estilo único, a estética (tanto em roupas quanto em música) e o eventual uso de conceitos em letras e álbuns (Fi+Se+Ni). Não bastasse isso, o apelido é uma homenagem aos vários cantores ISFP de sucesso, tanto nacional quanto internacionalmente, como Belchior, Lady Gaga, David Bowie, Michael Jackson, Rihanna e Jão, todos ISFP.

INFP – O Poeta: atualmente, a poética mais valorizada não é tão relacionada com o INFP. Muito da poesia das últimas décadas dialoga mais com outros tipos. Por isso, o apelido “O Poeta” deve ser entendido, mais que os outros, como uma grande metáfora. Ele também é uma homenagem a poetas influentes que tinham o tipo, em particular Edgar Allan Poe. No mais, o Poeta como metáfora é alguém cujo trabalho é essencialmente visto como individual. Por mais que isso seja um mito, essa construção de imaginário é importante. O Poeta é visto como alguém que se expressa moral e artisticamente, muitas vezes contra a ordem social em que está inserido. Muitos poetas, principalmente dos séculos XIX e XX, eram vistos como rebeldes morais e individualistas, que canalizavam sua individualidade em produções artísticas (Fi-dominante). No entanto, a produção poética, metaforicamente, é muito mais abstrata que a produção musical, cinemática ou visual. A exploração de sonoridade da poesia parte da palavra e do conceito, e, com exceção da poesia visual, não há nenhum destaque ao uso de imagens pelas imagens ou sons pelos sons (Ne-auxiliar). Quando o concreto na poesia é referenciado, costuma ser muito pessoal. Por vezes fala de memórias e impressões do mundo concreto (Si).

ISTP – O Detetive: detetives buscam a verdade dos fatos. Reúnem os acontecimentos de forma impessoal com vistas a dar sentido a eles. Podem eventualmente acabar em situações de ação, mas não necessariamente. De qualquer forma, o papel do investigador ou detetive é fortemente explicado, metaforicamente, pelas funções do ISTP. O trabalho de um detetive, assim como o de um arqueólogo, é dar sentido aos fatos. Ele coleta e observa os fatos sem valorizá-los intrinsecamente (Se-auxiliar), para depois criar uma narrativa que os una e que faça sentido (Ti-dominante + Ni-terciária). O ápice da metáfora de detetives para ISTP está no Detetive noir e suas variações em outros gêneros policiais, que busca uma vida solitária e independente. Seus métodos, também independentes, observam com cautela os fatos e formulam interpretações que devem fazer sentido acima de tudo. O Detetive noir não se preocupa com situações perigosas e as enfrenta como deve enfrentar, até chegar ao fundo da questão. Além do Detetive noir, outro bom exemplo dessa metáfora na ficção é a versão televisiva da BBC de Sherlock Holmes, que também é ISTP e opera pelo mesmo caminho de factualidade.

INTP – O Ensaísta: a criação de um ensaio não se propõe a nada que não seja o lançamento de uma ideia coerente em si, mas sem tantas pretensões metodológicas. O Ensaísta funciona como metáfora para o INTP pela produção de um texto mais especulativo que factual, destinado a colocar as opiniões pessoais e associações entre temas que fazem sentido para o autor (Ti-dominante). Por ser pouco factual ou científico, ele prefere o uso da especulação e da livre conexão de ideias para formulação do tema principal (Ne-auxiliar). O ensaio, com isso, ganha contornos altamente individuais, e segue apenas o método decidido pelo próprio autor (Ti-dominante). O ensaio não deve ser levado muito a sério por ninguém, quiçá apenas pelo próprio Ensaísta, que lhe dedica um método individual de divisão e explicação do conteúdo.