Introdução, panorama geral, definição e principais manifestações
“Nem sempre eu consigo ser compreendido”, disse Davi, “mas eu tento bastante. O entendimento e o diálogo são muito importantes para mim, e eu me esforço para isso. Quando me sinto incompreendido, pode ser um baque, mas isso me motiva a continuar adaptando minha expressão para que eu seja entendido da melhor forma possível”.
“Infelizmente”, lamentou Luana, com um ar de conforto e um substrato de alegria na própria lamentação, “a gente fala de formas diferentes com pessoas diferentes. Por um lado parece ser super legal a ideia de tratar todo o mundo de forma igual porque todos merecem, mas a gente sabe que o contexto pede coisas diferentes. Eu não vou falar no meio de um enterro da mesma forma que eu vou falar com alguém que está me xingando. Eu grito quando tenho que gritar, falo baixo quando tenho que falar, só tem mesmo que aprender quando e com quem falar de cada jeito”.
“Não é tão difícil”, começou Duda, “você tem que conversar com ela, amiga. Às vezes você parece ter uma mania de não perceber que algumas das suas situações seriam melhoradas simplesmente se você falasse desse seu incômodo, poxa. Algumas coisas têm que ser faladas mesmo, até pra que depois as coisas fiquem mais harmônicas no futuro. Ou, se não ficarem, talvez nem fosse pra ficar…”
“O ideal é que a gente entenda a todos, sabe? Eu tento. Mas algumas atitudes simplesmente são inaceitáveis e deveriam ser inaceitáveis para todos”. Lúcio continuou: “olha, eu sei que não sou ninguém pra falar como fulano ou fulana deve agir, mas tem coisas que são mínimas, sabe? Respeito é básico, empatia é básica. Quando o pessoal não entende isso, às vezes eu acho que a gente tem que falar mesmo, só que eu nem sempre faço”.
“Eu tenho opiniões. Eu quero o melhor pro meu grupo, pros meus amigos, pro meu país e pro mundo. E eu sei geralmente muito bem o que é melhor pra eles. Eu tenho valores, eu tenho opiniões, eu gosto de falar (e de ouvir) sobre elas. Até porque, às vezes, eu posso estar errado. Às vezes eu posso me equivocar sobre o que é melhor para alguém. Mas geralmente eu sou bom nisso, inclusive o pessoal costuma gostar muito dos meus conselhos”, completou Sérgio.
“Eu tenho muito apreço por causas humanitárias, você me conhece”, continuou Beatriz, explicando mais sobre sua trajetória. “Então eu defendi bastante as bandeiras da educação, da saúde, do acolhimento a quem mais precisa… tudo isso eu realmente acho que nós, como sociedade, deveríamos lutar juntos. Mas o que pouca gente sabe é que eu também me engajei bastante em outras causas políticas bem sobre mim mesmo, sabe? Também já atuei em movimentos de raça, de gênero… tudo. Eu me vejo como uma pessoa que luta por justiça”.
“Acho que todas as pessoas merecem um tratamento digno e cordial. Gentileza mesmo, sabe? Por isso eu sou assim. Tem gente até que me acha meio ingênua, mas eu não ligo muito. Eu sei que estou fazendo certo quando sou gentil. Tem gente que fala que altruísmo não existe, mas eu discordo. Já conheci muita gente boa na minha vida, gente que também ajuda os outros simplesmente porque é bom ajudar. Acho que faz bem”, declamou Lígia.
“Ah, já eu não me meto muito com essas coisas de política, sinceramente”, emendou Marco. “Eu curto rir, curto me divertir com o pessoal, essas coisas mesmo. Sabe, eu sei como me portar, acho até que ajo de forma ‘correta’ no dia-a-dia, mas pra mim basta. Não vou atrás de me meter com política, gosto mais de jogar meu jogo, passear com a galera, e é com eles que eu tento agir bem, ser amigável, essas coisas. Sem muito grilo”, disse José.
A melhor forma de começar a falar do Sentimento Extrovertido (Fe) é iniciar tratando de um fenômeno comum a todos os seres-humanos, que é a questão de todos estarem, em algum grau, vulneráveis ou dependentes do modo de pensar da sua época e de sua sociedade. De certa forma, é como o ditado “o fruto nunca cai muito longe da árvore”. Todos os humanos nascem em um entorno social e ali aprendem formas de mundo específicas, ontologias específicas, formas de se interpretar e lidar com tudo à sua volta. Vários filósofos e pensadores já comentaram sobre isso. Para alguns filósofos, nem mesmo a racionalidade escapa de como uma época raciocina, o que provaria que não existem puros “pensadores independentes”, porque todos estão mais ou menos subordinados à forma como o clima filosófico de um lugar ou época se delineia (o chamado Zeitgeist). Por exemplo, fazer silêncio dentro de um templo sagrado pode parecer uma decisão totalmente racional dentro da sociedade em que vivemos, na qual a maioria das religiões dita os momentos de silêncio ou de barulho que devem ser feitos, mas para outras sociedades essas ações poderiam ser o oposto da racionalidade se elas levassem a um contato individual menor da pessoa com o divino. Assim, depois dessa introdução, é mais fácil compreender o funcionamento do Sentimento Extrovertido, e que, até certo grau, todas as pessoas têm um pouco do que seria representado por essa função. O Sentimento Extrovertido é a tomada de decisões objetivas, mas pessoalizadas, com base nos valores e expectativas de determinado grupo social externo ao indivíduo. Ou seja, ele busca compreender as expectativas, principalmente em termos de valores, que são consideradas “objetivas” (por serem universais, ou por virem de algum grupo ou pessoa) e dialogar intensamente com essas expectativas, na maioria das vezes seguindo-as, para melhor se mover e tomar decisões no mundo.
Isso significa que o Sentimento Extrovertido busca o diálogo porque ele entende, melhor que as outras funções, que existe um mundo valorativo externo que fornece diretrizes gerais sobre o que as pessoas, os grupos e as sociedades esperam e valorizam. Aqui é dito “diálogo” porque o Sentimento Extrovertido, quanto mais saudável e mais diferenciado, não se contenta apenas em seguir a moral coletiva como se ela fosse algo dado, o que é uma confusão comum geralmente colocada sobre a função. Seguir a moral coletiva é algo muito importante para o Fe, mas é apenas uma parcela do que significa extrair um padrão decisório dos valores externos. O conceito de “diálogo” é importante porque o Sentimento Extrovertido dialoga com vários sistemas de crença diferentes, e, claro, com várias pessoas diferentes. Imagine-se uma pessoa que nasceu em um ambiente umbandista, mas frequentou um colégio católico, fez amizade com ateístas e agnósticos, frequentou diferentes igrejas e terreiros, e seguiu depois para a universidade. O Sentimento Extrovertido, mais que qualquer outra função, tem consciência dessa diferença de valores de cada ambiente e busca dialogar com tudo isso. Isso significa, muitas vezes, agir como lhe é esperado em cada um desses ambientes, mas um nível criativo de diálogo permite ao usuário de Fe encontrar novas formas, às vezes até agressivas, de entender e trabalhar esses vínculos e expectativas com cada ambiente. O que até certo grau é relativamente comum entre os seres-humanos, para o Sentimento Extrovertido é uma área com grande capacidade de engajamento. Por isso, diz-se que o Fe busca harmonizar com o mundo externo, mas nem sempre isso significa simplesmente buscar harmonia. O usuário de Fe busca, sim, se sentir integrado com algum desses valores, ou todos, de preferência, mas nem sempre o caminho que ele escolhe é o de ficar calado para preservar algum tipo de harmonia social naquele momento. Para aprofundar-se nisso, é interessante entrar no que é a “objetividade” da extroversão do sentimento.
Imagine-se que uma pessoa não assiste a um reality, mas todos os seus amigos sim, e todos têm a torcida em um participante específico. O Sentimento Extrovertido é o tipo mais propenso a passar a torcer e valorizar o participante apenas porque seu objeto, as pessoas à sua volta, o valorizam. Se o indivíduo mudar de ambiente, e o novo ambiente torcer para um segundo participante, ele tem duas escolhas: ou mantém sua torcida ou muda para se adaptar ao novo ambiente. De qualquer forma, a função Sentimento Extrovertido é a que mais compele o indivíduo a fazer qualquer uma dessas duas escolhas, porque, principalmente quando dominante, ele quer participar dos ambientes em que se encontra. Nas duas formas, o indivíduo pode tomar a decisão porque passa a se sentir “detentor” de um grupo, de seus valores e interesses. Ele pode querer manter-se como porta-voz de seus amigos, ou, pelo contrário, ter outra perspectiva e entender o lado daqueles que torcem para o segundo participante. Isso significa o diálogo com as expectativas externas. Existe, também, a opção de o indivíduo renunciar à torcida dos dois para manter uma harmonia de não incomodar nenhum dos grupos. Isso é mais comum em posições mais baixas do Fe (especialmente auxiliar e inferior), mas também pode se manifestar nas outras posições ou em pessoas com outras funções, já que o caso concreto sempre depende de muitas variáveis e nenhum exemplo é universal.
Existe ainda outra faceta muito importante do diálogo com os valores do objeto: quanto mais diferenciado e criativo é o Sentimento Extrovertido, mais compelido ele se sente a não apenas entender ou aceitar ou harmonizar com os valores de fora, mas também a influenciar esses mesmos valores. O diálogo é sempre uma via de mão dupla. Por isso, qualquer abordagem meramente passiva para o Sentimento Extrovertido falha em compreender a dimensão ativa e criativa que ele pode adquirir. O Fe é a função com maior facilidade de influenciar os valores sociais/grupais porque ele é a função que mais se interessa por isso, então claramente seus indivíduos tenderão a treinar mais esse lado. Não por menos, costumeiramente os personagens vilões que possuem Fe-dominante são feitos carismáticos, sedutores e convincentes, porque esse é um lado relativamente comum aos Fe-dominantes. Claro, existem outros usos bem mais positivos desse tipo de influência, mas é de fato bem comum que a estratégia do Fe passe pelo apelo às massas ou às emoções. Uma pessoa dedicada em dialogar e influenciar os valores do objeto é uma pessoa dedicada em causar profundas transformações sociais que sejam verdadeiras porque significam que as pessoas à sua volta realmente acreditam naquilo que mudaram. Ou seja, ao passo que o Fe busca entender e se adaptar aos valores à sua volta, ele também devolve e busca influenciá-los. Esse é o caminho duplo da extroversão em seu diálogo com o objeto. Também por isso é comum que usuários dessa função adotem posturas conciliadoras ou mediadoras: pela intenção de que haja uma harmonização de todos com as expectativas. No entanto, também como exposto, ela pode, pelo contrário, ser altamente combativa, se sentir que é dessa forma que preservará ou influenciará ou mudará os valores coletivos. O Sentimento Extrovertido cresce quando sente que encarna os valores do grupo que adotou como seu, e isso nem sempre é político no termo estrito. Um Fe-dominante pode se sentir falando pelo seu grupo de amigos, pelo fandom de determinado artista ou por qualquer arcabouço valorativo objetivo. Esse arcabouço pode, inclusive, nem existir de fato. Se muito idealista, o Sentimento Extrovertido pode pensar em valores universais a serem adotados por todos, e passar bastante tempo engajado em influenciar as pessoas dentro desses valores “objetivos” (e universais) que não necessariamente vêm de um grupo ou pessoa. Com tanto diálogo, uma abordagem filosófica que tem muito a ver com o Fe é justamente o pensamento de Paulo Freire. Só a educação e a pedagogia já são temas frequentes entre os xxFJ, mas o pensamento freireano é ainda mais explicitamente uma manifestação do Sentimento Extrovertido. Em “A Educação como Prática da Liberdade”, o foco da proposta pedagógica está em, exatamente, a transformação do ser-humano em um indivíduo “transitivo” com o mundo, ou seja, que sabe dialogar intensamente com o mundo externo, mas que não esteja passivo, e que tenha consciência de seus ideais, mas que saiba conversar sobre eles e defendê-los. Toda a linha de raciocínio de Paulo Freire é bastante extrovertida porque coloca o homem em diálogo constante com o objeto, seja oprimido por ele, ou capaz de construir com ele, e sua pedagogia vai pela criação de bases democráticas em que todos os indivíduos possam dialogar de igual para igual, com pensamento crítico, valores e engajamento com tudo e todos à sua volta.
É bem fácil deduzir algo a partir do que foi exposto: com diálogo tão intenso, o Fe é a função mais orientada a entender o que o objeto quer ouvir, exatamente porque isso se trata de lidar com valorações. No entanto, para se saber o que o objeto quer ouvir, também facilmente se sabe o que o objeto não quer ouvir. É por isso que o Fe é uma função que tem grande capacidade de harmonização mas também uma capacidade provocativa digna de nota. Nisso, compreende-se bem a grande capacidade adaptativa, e também permeável, que o Sentimento Extrovertido tem na forma de lidar com diferentes pessoas. Se ele preza por algum tipo de harmonia, ou pelo entendimento mútuo, ou por mostrar ao interlocutor esse entendimento, ele precisa se moldar um pouco às expectativas valorativas daquele com quem está dialogando. É por isso que é relativamente comum entre os usuários de Fe a afirmação humorística de que eles criam “diferentes personalidades” para cada uma das pessoas com quem convivem. Claramente é uma galhofa, mas existe um fundo de verdade até mesmo etimológico. O termo “personalidade” vem do grego “persona“, que significa máscara. Mas também é preciso entender em detalhes como funciona esse mecanismo de “criação de personalidades”. À primeira vista, ele pode ser interpretado, até mesmo por outros usuários de Fe, como falsidade, mentira ou manipulação. Isso é apenas parcialmente verdade. Existem, de fato, muitos usuários de Fe, principalmente xxFJ, bastante propensos a essas três características. Esses são, sim, defeitos comuns a muitos integrantes da função. Mas, obviamente, nem todos os usuários de Fe são falsos ou manipuladores, até mesmo entre aqueles que “criam” personalidades. As máscaras teatrais foram criadas porque havia necessidade de um personagem demonstrar tristeza e outro demonstrar felicidade, e porque existem diferentes gêneros em que cada emoção cabe melhor ou pior. Da mesma forma, um usuário de Fe sabe melhor que ninguém que existem diferentes ambientes com diferentes demandas, e que isso não exclui sua individualidade. Muito pelo contrário, o artifício de criar uma personalidade é a forma como o xxFJ pode encontrar para manifestar partes diferentes de si em círculos diferentes, porque nem todas as pessoas precisam conhecer todos os seus lados. Claro, isso é um jogo arriscado, porque pode entornar em direção à forja completa de personas inverídicas, mas não é o caso para a maioria. Ou seja, também é errôneo dar a entender que o Fe torna uma pessoa “menos genuína”, até porque ninguém se vê assim. Todas as pessoas veem-se como genuínas e de fato o são. O usuário de Fe tem consciência de seus valores exatamente porque e quando dialoga com os valores externos.
Com tudo isso já exposto, é importante agora diferenciar manifestações do Fe. A variabilidade de manifestações é inerente a cada função. Os arquétipos oferecem jeitos surpreendentes de aparecer em cada pessoa e, ainda mais numa função extrovertida, isso também é bastante influenciado pelos ambientes e pela época em que a pessoa detentora da função se desenvolveu e se encontra atualmente. Em grande medida, serão expostas aqui duas variáveis que costumam ser importantes para se entender as manifestações da Fe, mas é preciso deixar claro que elas estão longe de restringirem o Sentimento Extrovertido em tipos definidos. Muito pelo contrário, quanto mais forte e dominante, mais o indivíduo pode saber como se portar e o que usar das diferentes manifestações em momentos propícios, exatamente por sua capacidade criativa com a função. Aqui, se diferenciarão as manifestações mais políticas do Fe das mais apolíticas, e as manifestações mais passivas das mais ativas. Também se comentará a frequentemente esquecida faceta artística do Sentimento Extrovertido. Manifestações mais ativas e políticas costumam se ver como justiceiras, ou, de alguma forma, encarnando valores que devem ser defendidos perante o grupo ou a sociedade. Essa é uma postura bastante combativa do usuário de Fe, que geralmente a toma quando se sente encarnando o grupo que deve ser defendido ou reformado em nome dos valores. Já uma postura passiva e política geralmente caminha pela necessidade de entendimento, diplomacia e compreensão das partes envolvidas em um conflito. Veja-se que isso não significa indolência, apenas uma postura mais receptiva dos diferentes valores em voga no objeto. Por sua vez, uma postura ativa e apolítica é aquela que leva os tipos com Sentimento Extrovertido a conseguirem ser uns dos mais carismáticos entre os tipos. É muito comum que essas pessoas advoguem pela gentileza, pelo cuidado, pelo ato de servir e fornecer para o outro, na tentativa de fortalecer relações durante o diálogo. Também essa postura costuma, negativamente, acreditar que sabe o que é melhor para o objeto justamente porque tenta influenciá-lo. Obviamente, essa postura é comum em quase qualquer pai ou mãe, mesmo que não seja usuário de Fe. Por fim, uma postura passiva e apolítica seria a principal a tentar harmonizar ambientes reduzindo sua participação àquilo que é universal nos princípios de gentileza e cordialidade, o que tem um papel fundamental na sociedade em facilitar a convivência nos diferentes ambientes.
Existem, no entanto, pontos importantes a serem tratados sobre a função que ficam algo obscurecidos pelas principais descrições do tipo. Um deles é a forte inclinação dos usuários de Fe para a arte, qualquer que seja ela, especialmente pela música e pela poesia. É um fato que muitos xxFJ têm tendência à emotividade (tanto positiva quanto negativa — raiva e tristeza). Inclusive, pela extroversão do sentimento, xxFJ são mais propensos a demonstrar essas emoções e compartilhá-las com o objeto (a não ser que, por virtude de tentar manter a harmonia, prefiram escondê-las). Por isso, muitos usuários de Fe dão vazão a esses sentimentos por meio da arte, ouvindo-a ou produzindo. É comum que a arte produzida pelos usuários de Fe tente dialogar com o momento atual da cultura em que vivem e que apreciam, além de buscar influenciar ou tocar os valores das pessoas de alguma forma. Esse fenômeno é a prova de que existe uma concepção errônea muito comum sobre essa função, a de que ela não poderia ser “genuína” ou “individual”. É infelizmente muito comum associar qualquer artista ao Sentimento Introvertido (Fi) por padrão. Mesmo que a maioria dos artistas o seja, ignorar a existência de artistas que usam Fe também faz parte de um movimento de negar a individualidade dos tipos com essa função. É sempre importante lembrar que esses tipos também se divertem, também sentem, também têm gostos e interesses diferentes, e são indivíduos por completo. Por isso mesmo, é algo complicado, numa sociedade individualista como a atual, apresentar o Sentimento Extrovertido como uma função “voltada às pessoas”. Porque ele é, de fato, voltado às pessoas. Mas isso não invalida a existência e a individualidade dos tipos com essa função. Da mesma forma, a tendência a valorizar ideias de gentileza e altruísmo não faz de nenhum tipo um mártir da bondade, embora muitos xxFJ tenham, de fato, essa autoimagem. Mas é uma forma simples, incompleta e fetichizante de se trabalhar a função. Ou seja, há quem mantenha a ideia de Fe como um “bom samaritano” e “voltado às pessoas” para se distanciar dos tipos, tirando-lhes a individualidade, e também existem aqueles que fazem isso para reforçar sua identidade pessoal como xxFJ na busca de uma autoimagem bondosa e altruísta. Ambos os movimentos são, obviamente, extremos.
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